O Regulamento Nacional de Kart 2019

Recebi um release da Confederação Brasileira de Automobilismo, a CBA, contando sobre o Regulamento Nacional de Kart 2019 (RNK) que foi lançado essa semana. O RNK apresenta todas as diretrizes que irão nortear o esporte no Brasil nesta temporada.

As mudanças, em comparação com o regulamento de 2018, destacadas pela CBA são:

Categoria Júnior

Esta classe poderá utilizar, também, os chassis homologados internacionalmente e registrados no Brasil. Assim, além das marcas nacionais, os pilotos desta categoria poderão adquirir junto aos representantes no país os chassis Birel ART, CRG ou Tony Kart.

Pára-choques frontais (bicos)

Seguindo um novo sistema que já está em utilização nas principais provas da Europa e Estados Unidos as categorias Júnior, Graduado, Sênior “A”, KZ, KZ Sênior, CODASUR, CODASUR Junior e OK Internacional deverão usar, obrigatoriamente, o novo sistema de fixação dos “bicos”.

Cabe lembrar que esse novo sistema de fixação dos bicos apresenta dois estágios e, com isso, pelas experiências já vividas no exterior, o número de batidas foi drasticamente reduzido. Nas provas nacionais a Comissão Nacional de Kart, a CNK, já adianta que terá um “Juiz de Fato” com a única atribuição de conferir a fixação dos bicos e informar, em caso de irregularidade, aos Comissários Desportivos.

Documento da CIK-FIA explicando o bico.

Pesquisando especificamente sobre o bico, rolou uma polêmica de 2014, ano da aparição do primeiro modelo, até 2017, por conta da fragilidade do dispositivo e o aumento exponencial de penalidades, inclusive tirando títulos importantes de pilotos no campeonato europeu.

Você pode conferir um pouco do que rolou nessa matéria da TKART.

Além dessa matéria você também pode ler dois tópicos no Fórum do KartPulse sobre o mesmo tema, agora na visão americana, aqui e aqui.

A versão que será utilizada no Brasil, pelo que entendi no regulamento, será a versão atualizada do bico, menos suscetível a se “desprender sozinho”. Agora é esperar para ver durante as competições.

Mas o que é e para que serve o Regulamento Nacional do Kart?

O RNK é um documento que tem como objetivo padronizar e orientar pilotos e promotores de eventos a respeito do esporte em âmbito nacional.

Em tese, qualquer evento de kart deveria seguir esse documento.

O documento é revisado anualmente pela CNK, que é um dos braços da CBA e é divido em dois grandes pilares: Desportivo e Técnico.

Regulamento Desportivo

No primeiro capítulo são apresentadas as diretrizes sobre como deve ser a organização do evento, a supervisão, promoção e o que deve constar no Regulamento Particular da Prova, o regulamento do evento propriamente dito.

O capítulo dois é sobre os pilotos, como são classificados e promovidos dentro das categorias, que vão da Mirim a Sênior A, incluindo Pilotos de Kart Indoor.

As características de uma prova, tomada de tempo, formação do grid de largada, classificação, premiação, entre outros, estão no capítulo três.

Os demais capítulos do regulamento desportivo, sete no total, explicam as infrações, penalidades, vistorias técnicas, fechando com as considerações gerais a respeito de corridas de rua.

Regulamento Técnico

São mais quatro capítulos dedicados às questões técnicas: generalidades e especificidades de cada categoria, sorteio de motores e disposições finais.

É no regulamento técnico que são definidos os equipamentos permitidos, desde o motor, escapamento, carburador, chassis, freio, peso, carroceria (por exemplo o bico acima), combustível, pneus, etc.

No capítulo nove, das especificidades de cada uma das categorias definidas no regulamento desportivo, o documento entra no detalhe ao nível da especificação das marcas de vela, por exemplo.

Não é a leitura mais agradável de todas, por ser um documento técnico, mas de grande importância para todos que de alguma forma estão envolvidos com o kartismo, especialmente os pilotos.

Começou, oficialmente, a temporada 2019.