Os detalhes do Tony Kart Extreme de 1998

No último mês de agosto trouxemos para você leitor da coluna Papo de Box, um pouco mais de detalhes sobre o Campeonato Mundial de Kart de 1998. Aquele ano em especial foi marcado pelo último título de um brasileiro em um mundial de kart.

Hoje vamos trazer um pouco mais de detalhes sobre a máquina que dominou aquele campeonato e os principais campeonatos de kart daquele ano, o Tony Kart Extreme.

O CHASSIS

A estrutura deste chassis consiste de uma mistura de tubos com diâmetros entre 30 e 32mm. A parte dianteira, com menor carga de peso, é fabricada com tubos mais finos, enquanto a parte traseira, onde fica o maior peso do veículo e ainda precisa suportar vibrações do motor e a carga dinâmica do corpo do piloto, era fabricada com tubos mais espessos.

Neste modelo ainda não haviam regulagens de cambagem e caster. Era possível apenas a regulagem de altura., com espaçadores instalados na parte de cima e abaixo da manga de eixo dianteiro.

A parte central do chassi, na área dos assentos, não é convencional: na primeira homologação, datada de 1997, os tubos formavam dois triângulos nas laterais do assento. Havia um único tubo que cruzava o chassi da esquerda para a direita, no qual era possível instalar a barra removível. Em 1998, a segunda versão do chassi usou um tamanho diminuído dos triângulos, enquanto no ano seguinte um tubo duplo foi instalado abaixo da área frontal do assento. O tubo, com 32mm de diâmetro, permite a inserção de uma barra removível que é plana e aumenta a rigidez.

FREIO

Assim como em todo carro de corrida, os freios são parte muito importante do desempenho do conjunto. Neste kart, encontramos algo muito especial para a época. O acionamento do freio é realizados com 2 cilindros mestres independentes, possibilitando a aplicação de maior força nas pastilhas e com maior segurança, visto que com a falha de um sistema, o outro não é afetado.

MOTOR

Na década de 90, as principais categorias do kartismo mundial utilizavam motores de 100cc, refrigerados a ar. O final dos anos foi o auge destes motores. Com a preparação certa e uma boa carburação, eles passavam facilmente dos 20.000rpm (isso mesmo, você não entendeu errado, o mesmo que um Formula 1 da época). Um equipamento tão potente e com funcionamento no limite também é muito sensível. Errar na carburação pode significar uma quebra de motor e o fim da corrida.

O Tony Kart Extreme utilizava um motor Vortex VLC 100 com válvula rotativa, sistema que não é mais utilizado atualmente visando limitar a potência dos karts e simplificar o conjunto como um todo.

Fonte:
https://www.tkart.it/en/magazine/
http://www.nobresdogrid.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=1551:ruben-carrapatoso-o-marvado&catid=87:espaco-karting&Itemid=177